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Educada, com muito esmêro
cristão, Rita passou sua infância e sua juventude, auxiliando seus pais na
lavoura. Recém-nascida e sempre colocada num cesto, que fazia às vezes de
berço, no próprio campo, certa vez foi encontrada envolta de abelhas brancas
que lhe pousavam na face, sem ferí-la. Quando jovem casou-se com Paulo
Fernando. Tiveram dois filhos: João Tiago e Paulo Maria. O marido, de gênio
forte e colérico, maltratou-a muitas vezes. Rita, graças à bondade de coração e
às suas preces, conseguiu convertê-lo para Deus. Ele morreu assassinado, vítima
de lutas políticas de época. Os filhos, jovens, quiseram vingar a morte do pai.
Rita, preferindo vê-los mortos que transgredindo a lei divina, pediu a Deus que
os levasse para o céu antes de se mancharem com aquele crime. Morreram ambos,
dizimados por uma peste que arrasou a Europa naquela época.
Viúva e sem filhos, Rita
dedicou-se ao socorro dos pobres e enfermos, ajudando a uns e outros, com
alimento, visita, conforto e trabalho. Sentindo o chamado de Deus, procurou o
Convento das Irmãs Agostinianas de Santa Maria Madalena, em Cássia, para
tornar-se religiosa. As regras daquele tempo impediam o ingresso de viúvas.
Certa vez, madrugada ainda, Rita foi encontrada pelas freiras, rezando na
capela do Mosteiro, com portas e janelas fechadas. A Madre Superiora viu
naquele fato um desígnio do céu e admitiu-a como Irmã. Para provar sua vontade,
mandou que regasse diariamente, um ramo seco de videira. Com o tempo, o ramo
verdejou e floresceu numa viçosa videira. Um dia, rezando perante o crucifixo,
pediu a Cristo a graça de sofrer com Ele. Um espinho desprendeu-se da imagem e
fincou-se-lhe na fronte, abrindo uma chaga dolorosa e purulenta, que durante
mais de quinze anos a fez sofrer muito. Em 1450 ano santo, desejando ir a Roma,
com suas companheiras de hábito e não o podendo por causa da chaga na fronte,
Rita a Deus pediu esta graça e a chaga fechou-se, tornando-se a abrir quando de
volta ao Convento. Muito jejum, muita penitência, muita oração eram sua maneira
de viver. Gravemente enferma, vivendo num pobre catre, no fundo de uma humilde
cela, Rita recebeu a visita de sua prima. Pediu a esta que fosse até Roca
Porena e lá em sua antiga casa, colhesse para ela um figo e um botão de rosa.
Era pleno inverno, tudo sepultado sobre a mais densa neve, e no entanto a prima
encontrou o figo e rosa no jardim de Rita. No dia 22 de maio de 1457, Rita
entregou sua bela alma a Deus. No campanário do Convento, os sinos começaram a
repicar festivamente, tangidos por mãos misteriosas. A chaga da fronte
fechou-se na mesma hora e no lugar do habitual mal cheiro que dela se exalava,
passou a exalar um discreto perfume. Tantos foram os milagres e as graças que
milhares de devotos seus receberam de Deus, por intercessão sua, que ficou
conhecida como a “Santa dos Impossíveis”.
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